Que lição tirar de Ao Mestre com Carinho?
Além de discutir as questões raciais, o filme mostra como a realidade social do aluno interfere no desempenho escolar,
20/07/2011 10:38
Texto Gabriel Navarro
FILME: Ao Mestre com Carinho, dirigido por James Clavell, com Sidney Poitier, 1967.
A HISTÓRIA: Mark Thackeray (Sidney Poitier) é um engenheiro desempregado que resolve dar aulas no bairro operário de East End, em Londres. Mas a turma, cheia de alunos indisciplinados, fará de tudo para que ele desista da sua missão, como fez com os professores anteriores.
QUEM INDICA: O jornalista e escritor Eduardo Torelli. "Nem todas as armas do professor para motivar seus alunos são encontradas na sala de aula ou nos livros: o protagonista só estabelece uma conexão com os delinqüentes ao provar que há uma relação direta entre os conteúdos ensinados em classe e a progressão do mundo ao redor."
POR QUE VER: "Retrata a história de um professor que, ensinando sob condições adversas (alunos desinteressados, agressivos, com pouca orientação familiar e sem perspectivas de enxergar a educação como espaço de aprendizado), consegue obter resultados importantes junto aos estudantes", avalia a coordenadora Ana Lúcia Tampellini, da Escola São José de Vila Matilde, de São Paulo..
QUE BOM EXEMPLO TIRAR: "Características indispensáveis para o perfil de um bom educador: compromisso, seriedade e determinação para resolver os problemas em sala", comenta Ana Lúcia
Escola de Rock
Que lição tirar de Escola do Rock?
É possível aprender se divertindo, principalmente quando a criatividade faz o aluno descobrir as próprias aptidões
20/07/2011 11:19
Texto Gabriel Navarro
FILME: Escola do Rock, dirigido por Richard Linklater, com Jack Black e Joan Cusack, 2003.
A HISTÓRIA: Um roqueiro (Jack Black) foi demitido da própria banda e tenta trabalhar como professor de música numa rígida escola particular. Lá, desperta nos estudantes interesse por diversos instrumentos e eles decidem montar uma grande banda sem que os pais saibam.
QUEM INDICA: o jornalista e escritor Eduardo Torelli. "Mesmo que de forma cômica e nitidamente despretensiosa, esse filme mostra que o professor pode e deve utilizar todos os recursos à mão para estabelecer uma comunicação com seus alunos, incentivando-os a aprender".
POR QUE VER: "Aquele roqueiro decadente precisa assumir a identidade de um amigo para sobreviver como professor. O desafio é ainda maior por se tratar de uma escola tradicional e bem conceituada", explica a coordenadora pedagógica da Escola São José de Vila Matilde, de São Paulo, Ana Lúcia Tampellini.
QUE BOM EXEMPLO TIRAR: "A motivação criada pelo professor desperta habilidades e produz resultados fantásticos na aprendizagem. Uma lição valiosa para os educadores carentes de criatividade", avalia Ana Lúcia.
Que lição tirar de Mr. Holland: Adorável Professor?
A influência dos educadores na vida pessoal dos alunos pode ser mais forte do que aparenta e gerar frutos permanentes
20/07/2011 10:35
Texto Gabriel Navarro
FILME: Mr. Holland: Adorável Professor, dirigido por Stephen Herek, com Richard Dreyfuss e William H. Macy, 1995.
A HISTÓRIA: Em 1964, um músico (Richard Dreyfuss) resolve começar a lecionar para ter mais dinheiro e assim se dedicar a compor uma sinfonia. Mas os alunos se mostram pouco interessados e as coisas se complicam quando a esposa dele da luz a um bebê surdo. Para poder financiar os estudos especiais e o tratamento do filho, o professor se envolve cada vez mais com a escola, deixando de lado seu sonho de tornar-se um grande compositor.
QUEM INDICA: o jornalista Paulo Maffia. "É um filme sensível, que mostra que Educação não é só livro e caderno, mas é formar e transformar seres humanos. Esse professor de música toca a vida das pessoas de forma diferente."
POR QUE VER: "Você percebe que diante de todas as adversidades, diante de toda uma vida, é possível deixar uma história, uma construção. Às vezes, por mais tola e boba que pareça nossa influência na vida das pessoas, ela é contundente, muda mesmo", diz o professor de biologia Leandro Alcerito, do Colégio Vértice, de São Paulo.
QUE BOM EXEMPLO TIRAR: "Numa das primeiras aulas, o professor coloca uma música dos anos 60 para tocar, algo bem importante naquele momento histórico. E depois chega ao piano e toca uma peça erudita para mostrar como as duas são parecidas. Isso mostra que o currículo tem de estar em consonância com o seu momento. É um saber organizado, construído ao longo do tempo, mas o educador tem de fazer diálogo com o que está acontecendo. Não adianta eu querer falar de música se não faço idéia do que é que meus alunos estão ouvindo. Eu preciso gostar? Claro que não. Mas tenho de saber", diz Zilton Salgado, professor de artes, filosofia e sociologia do Colégio Vértice.
Pink Floyd The Wall
A ópera-rock desconstrói os valores atribuídos à instituição escolar e expõe o conflito entre as necessidades particulares e coletivas
20/07/2011 11:45
Texto Gabriel Navarro
FILME:Pink Floyd: The Wall, dirigido por Alan Parker, com Bob Geldof , 1982.
A HISTÓRIA: Órfão de pai (morto durante a Segunda Guerra Mundial), o jovem Pink Floyd (Bob Geldof) tem a infância marcada pela perseguição de seu professor e pela superproteção da mãe. Adulto, ele se torna um astro do rock e entra em depressão. Para salvar sua consciência e a própria vida, Pink terá de lidar diretamente com os fantasmas do passado.
QUEM INDICA: A cineasta e vj da MTV Marina Person. "É uma obra que questiona a educação super-rígida e limitada à estrutura da sala de aula Abre espaço para a contestação de valores ultrapassados".
POR QUE VER: "É emocionante, uma grande lição de vida, redenção e fraternidade que leva o aluno a pensar, refletir e conscientizar-se frente às situações agressivas da vida. Para pais e professores, o contato com a dor, com as mazelas da humanidade é sempre um excelente recurso para a construção de vidas felizes e equilibradas", justifica a coordenadora pedagógica Sueli Marchetti Zaparolli, do Colégio Luiza de Marillac, de São Paulo.
QUE BOM EXEMPLO TIRAR: "Buscar ver as coisas de modo diferente. Não aceitar padrões; repensá-los. Tentar perceber no mundo os padrões existentes e quais precisam ser quebrados para que as mudanças gerem ganhos sociais ou mesmo pessoais. Como o protagonista, o jovem hoje muitas vezes também é conduzido por forças que não conhece na sociedade de consumo. Ele acaba sendo induzido a comprar, a consumir, a pensar seguindo interesses específicos", diz Leandro Alcerito, professor de biologia do Colégio Vértice, de São Paulo.
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